Estudantes de Ciências Biológicas promovem Feira dos Naturalistas no Campus de Soure
Uma viagem no tempo que promoveu o conhecimento em biologia, história, geografia e artes, assim foi a Feira dos Naturalistas, realizada no Campus Universitário da UFPA Marajó-Soure, no dia 17 de abril. O evento foi realizado pela turma de Ciências Biológicas 2019, sob a coordenação do professor Adriano Martins. A Feira contou a história de seis naturalistas que estiveram presentes na Amazônia e o trabalho que eles desenvolveram na região.
O evento contou a história de Wallace, Von Martius, Spix, Margaret Mee, Langsdorff e Henry Bates, esses naturalistas descreveram a fauna e flora da região amazônica com riqueza de detalhes por meio de textos, desenhos e pinturas. A Feira estava ligada à disciplina de História da Ciência e Introdução à Metodologia Científica, ministrada pelo professor Adriano Martins. “O objetivo dessa feira foi trazer ao público um conhecimento dessas informações sobre esses autores que foram muito importantes e pioneiros na descrição e catalogação de espécies, bem como na divulgação de informação de cunho científico”, afirmou o professor Adriano.
A analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Lisângela Cassiano, viu o anúncio do evento nas redes sociais e resolveu visitar a Feira. “Eu não conhecia nenhum dos naturalistas citados aqui, então achei muito interessante, são informações relevantes, têm relatos, inclusive, de naturalistas que estiveram presentes no arquipélago do Marajó, então acho que a universidade poderia promover mais eventos como esse, porém mais longos, para que as pessoas tivessem mais oportunidade de visitar o Campus e aprender sobre vários assuntos que podem ser trabalhados pela universidade”, afirmou Lisângela.
Ciência e Arte
De acordo com o professor Adriano Martins, a Feira foi muito importante, pois retratou a forma como os cientistas trabalhavam naquela época. “O que é mais interessante neste evento é que os naturalistas se diferenciam dos cientistas atuais, porque a ciência estava atrelada às artes. Os textos eram ricos em padrões estéticos para que eles pudessem fazer descrições minuciosas sobre o que eles viam, para que nas publicações, o leitor de qualquer lugar do mundo, pudesse imergir nesse mundo que eles estiveram através das artes retratadas por pinturas, desenhos, etc.”, declarou o professor.
A estudante de Ciências Biológicas, Samara Modesto, foi uma das discentes que colaborou para a realização da Feira. “Nós já conhecíamos alguns naturalistas que estudamos no ensino médio, mas o trabalho possibilitou que nós conhecêssemos outros autores que estiveram na Amazônia e a relevância do trabalho que eles desenvolveram na região”, disse a discente.
Texto : Giovane Silva – Assessoria de Comunicação do Campus Universitário da UFPA Marajó-Soure
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